Marvel Vs. Capcom?
Depois de um longo inverno, estou de volta com minha coluna! E desta vez, quero um minuto da sua atenção para falarmos sobre uma das minhas franquias favoritas de todos os tempos: Marvel Vs Capcom.
Nos últimos meses, diversos rumores começaram a circular a internet sobre a possível volta da franquia para os consoles, e alguns deles apontavam que o game já estava em desenvolvimento e teria seus testes iniciados no começo do próximo ano.
Mas como temos que manter o pé no chão, as circunstâncias atuais não são muito favoráveis para a franquia voltar tão cedo, então, só sobram os boatos para nos apoiarmos.
Se pudemos perceber algo com toda a euforia que esses rumores causaram, foi que o público realmente gosta da série. Há alguns meses, os fãs começaram uma petição que rapidamente ultrapassou as dez mil assinaturas, e até o momento, continuam de toda forma tentando chamar a atenção tanto da Capcom quanto da Disney/Marvel.
Mas existe motivo para todo esse amor? O que a saga de jogos de luta tem a oferecer para causar tamanha adoração?
Desde a época do Super Nintendo, a Capcom obteve os direitos dos personagens da Marvel e iniciou a produção de excelentes jogos, até chegar ao mundo dos games de luta com Marvel Super Herores e X-Men: Children of the Atom. Era um novo olhar aos famosos heróis ocidentais, que recebiam golpes especiais e movimentos dignos das melhores animações orientais nas mãos da desenvolvedora japonesa. De certa forma, era um choque cultural, e que funcionou muito bem.
Foi em X-men: Children of the Atom que a Capcom arriscou e iniciou o que conhecemos hoje como a nossa querida série de crossovers: Incluiu um personagem de uma de suas franquias no game. Akuma, o grande vilão da série Street Fighter, era um personagem desbloqueável do game. O lutador não foi apenas colocado de qualquer jeito no game, ele fazia parte daquele mundo.
A ideia foi tão bem recebida pelos fãs, que algum tempo depois tivemos o primeiro crossover oficial: X-men Vs Street Fighter, e a partir daí, a série foi crescendo até tomar as proporções que conhecemos hoje.
Foi com Marvel Vs Capcom 2 que a Capcom atingiu o auge de seus crossovers. Eram 57 personagens jogáveis, e é considerado até hoje por muitos como um dos melhores jogos de luta já feito.
Mais de uma década depois foi lançado o terceiro game da série, que trouxe diversas mudanças não tão adoradas pelos fãs, e adotou a nada famosa técnica da Capcom de “relançar o mesmo jogo com mais conteúdo”. Apesar de controverso, ainda assim, teve um bom retorno.
Com tudo isso, o que podemos concluir é que Marvel Vs Capcom é uma franquia de sucesso. Levaram muitos anos até que outra franquia de luta com super heróis chegasse e pudesse se equiparar aos jogos da Marvel feitos pela Capcom. Estou falando de Injustice, que podemos enxergar de certa forma como um substituto, ou como a nova série definitiva de porradaria entre heróis.
Mas uma coisa é certa: Marvel Vs Capcom conquistou milhares de fãs e se tornou um dos crossovers de maior sucesso nos vídeo games. É uma franquia que abraça os fãs de jogos de luta mais hardcore e os mais casuais, atraem os fãs de personagens da Capcom e fãs de quadrinhos, ou seja, é uma série capaz de abraçar diferentes públicos, e ainda oferecer belos visuais.
Seria um pena ver tamanho potencial jogado fora. Principalmente agora que, mesmo que mínima, exista uma possibilidade de vermos novamente um game da série por conta da nova estratégia da Marvel em retornar com a terceirização de seus jogos. Só nos resta esperar que não demore tanto até vermos os nossos personagens favoritos da Capcom saírem no braço com Capitão America e companhia novamente.
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